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Ano Litúrgico B - 2024 - Evangelho de Jesus Cristo SEGUNDO SÃO MARCOS.

quarta-feira, 23 de março de 2016

A Semana Santa. Significado Completo!

A Semana Santa é o período que vai do Domingo da Ramos na Paixão do Senhor até ao Sábado Santo, como preparação para a Festa da Páscoa.

Quando a Religião Católica foi legalizada pelo Édito de Milão em 313, os baptizados que viviam em Jerusalém ou nas cercanias da cidade, começaram a celebrar publicamente o aniversário dos acontecimentos e dos lugares da paixão de Cristo identificados pela tradição, a que chamaram os "Lugares Santos".

Faziam vigílias e procissões, e liam as escrituras referentes aos fatos da Paixão do Senhor, especialmente a leitura da Paixão. E muito do que hoje se sabe a respeito da antiga Semana Santa e da Páscoa, veio sobretudo através dos Peregrinos europeus que trouxeram essas práticas consigo e as repetiam todos os anos.

Uma peregrina de Espanha chamada Egeria, foi em peregrinação a Jerusalém em 381-384 e, quando voltou, escreveu tudo o que viu num livro, e os cristãos observavam essas práticas todos os anos.


Mais tarde a Igreja foi incorporando algumas dessas práticas na Liturgia da Semana Santa.

PAIXÃO DE CRISTO

A Paixão de Cristo inclui todos os acontecimentos referentes aos seus sofrimentos, desde a Última Ceia até à Sua Morte, e que foram anunciados por Isaías desde 42,13 até 43,12, e depois narrados pelos Evangelistas : Mat. 26 e 27;  Mc. 14 e 15; Lc. 22 e 23;  Jo. 18 a 20.

Todavia quando se fala na Paixão de Cristo refere-se muito especialmente à narração da Paixão feita pelos Evangelistas : 
  • Mat. 26,36 a 27,66, que se lê na Missa do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, Ciclo do Ano A.
  • Mc. 14 e 15, que se lê na Missa do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, Ano B. 
  • Lc. 22 e 23 que se lê na Missa do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor Ano C. Jo. 18 a 20 que se lê na Missa de Sexta-Feira Santa.


É evidente que, pela Sua Paixão, Cristo suportou muitos sofrimentos para nossa salvação, como : Degradação; Várias formas de sofrimento físico; Privação; Ultraje; Abandono e Morte.

Mas também é verdade que todos estes sofrimentos constituíram uma plena aceitação como uma passagem da morte à vida, de uma aparente derrota a uma verdadeira vitória, da cruz para a glória.

O Concílio Vaticano II na Sua Constituição sobre a Sagrada Liturgia afirma :
- Esta obra da redenção dos homens e da glorificação perfeita de Deus(...) realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão...(SC 5).(cf. SC 61).

MISSA CRISMAL

Primitivamente era na manhã de Quinta-Feira Santa, mas presentemente, por razões práticas, noutro qualquer dia da Semana Santa, na Igreja Catedral o Bispo com a presença dos Párocos e com delegações de leigos das diversas Paróquias, num ritual solene, celebra a Missa Crismal para benzer os Óleos que se hão-de usar durante todo o ano :
  1. O Óleo dos Catecúmenos, usado no Baptismo das crianças e no catecumenato dos adultos.
  2. O Óleo do Crisma, usado no Baptismo e na Confirmação.
  3. O Óleo dos enfermos, usado na administração da Unção dos Enfermos.

TRÍDUO PASCAL

Aos últimos três dias da Semana Santa, chama-se Tríduo Pascal, isto é, Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Sábado santo. Originariamente, não havia a celebração da Semana Santa.

A Páscoa era celebrada no contexto de um só dia : a Vigília Pascal que começava ao pôr do sol de Sábado e continuava até ao fim do primeiro dia da semana, o Domingo. No século V, o Mistério Pascal ficou fragmentado em várias peças, por influências de Jerusalém.

O núcleo chamou-se "Tríduo Sagrado": de Sexta-Feira até à manhã de Domingo, em memória da Morte, Sepultura e Ressurreição. Mais tarde foi acrescentada a Quinta-Feira porque os dias eram contados a partir da véspera de Sexta-Feira.

Com o fim das perseguições aos Cristãos, o imperador cristão proibiu toda a espécie de entretenimento durante esta semana e daqui saiu a tradição de que todos os prisioneiros deviam ser perdoados. Os três dias de Quinta-Feira, Sexta-Feira e Sábado da Semana Santa foram considerados como dias santos.


Desde então a Igreja celebra o Mistério das salvação, nas suas três fases (Paixão, Morte e Ressurreição), no decorrer de três dias, que constituem o ponto culminante do Ano Litúrgico.

Deste modo, não podemos identificar a Páscoa apenas com o Domingo da Ressurreição. Isso seria mutilar uma realidade extremamente rica e reduzir-lhe as dimensões.

"O plano divino da Salvação em Cristo não pode fragmentar-se, mas deve ser considerado como um todo único".

VIA SACRA - IRMÃ KELLY PATRICIA


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