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Ano Litúrgico B - 2024 - Evangelho de Jesus Cristo SEGUNDO SÃO MARCOS.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Festa de Cristo Rei: História

Fonte: http://missatridentinapsaosebastiao.blogspot.com.br



Tentando passar a ideia de que os chefes das nações e dos estados devem submeter seu governo ao querer de Deus e ao aval de Jesus o filho de Deus e Rei, é que foi criada a festa litúrgica de Cristo Rei, vejamos: 


No dia 11/12/1925, é Criada uma Carta que inaugura a Solenidade de Cristo Rei, percebe-se o empenho do Papa Pio XI em proclamar solenemente o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da instituição de uma nova Festa litúrgica. O mesmo documento pontifício traz para os católicos, além das justificativas da criação da solenidade deste domingo, os fundamentos da Realeza de Cristo.

Cristo é, literalmente, Rei, tanto em sentido metafórico quanto em sentido próprio. Rei em sentido metafórico, porque reina sobre as potências da alma humana: sobre a inteligência, através da Verdade (que é Ele mesmo, cf. Jo 14, 6) e de Sua extensão às ciências naturais; sobre a vontade, através do incentivo dado aos homens a que se empenhem pela santidade e pelas causas mais nobres; sobre a sensibilidade enquanto "Rei dos Corações", por conta de Sua caridade "que excede a toda humana compreensão" (Ef 3, 19), e Sua bondade, que atraem a todos os corações humanos. Rei em sentido próprio porque, em sua natureza humana, recebeu do Criador "poder, honra e realeza" (Dan 7, 13-14) para reinar sobre os demais homens; e, em sua natureza divina, é consubstancial ao Pai, sendo ao Criador igual em tudo e tendo, portanto, suprema e absoluta soberania e domínio sobre todas as criaturas.

Esta Realeza de Cristo é atestada em ambos os Testamentos, em várias passagens das Sagradas Escrituras:

- do Antigo Testamento, cite-se, entre outras palavras, as do profeta Daniel: "Eu considerava estas coisas numa visão de noite, e eis que vi um, como o Filho do Homem, que vinha com as nuvens do Céu, e que chegou até o Antigo dos dias; e eles o apresentaram diante d'Ele. E Ele Lhe deu o poder, e a honra, e o reino; todos os povos, e tribos e línguas o servirão: o seu poder é um poder eterno, que Lhe não será tirado, e o seu reino tal, que não será jamais corrompido" (Dan 7, 13-14).

- do Novo Testamento, é tanto o próprio Cristo a declarar Sua Realeza, como
no Evangelho segundo São Mateus - "Todo poder Me foi dado no Céu e sobre a Terra"(Mt 28, 18b) - quanto os Apóstolos a ensiná-la, como São Paulo disse aos Hebreus -"Deus, tendo falado outrora, muitas vezes e de muitos modos, a nossos pais, pelos profetas; ultimamente, nos nossos dias, falou-nos por meio de seu Filho, a Quem constituiu herdeiro de todas as coisas." (Heb 1, 1-2).

No plano litúrgico, a Encíclica Quas Primas também apresenta mais justificativas para a instituição de uma comemoração a Cristo Rei. Desde há muito tempo antes da instituição desta Festa, a Liturgia Católica já apresentava oportunas e claras referências a Cristo como Rei, em geral presentes nas fórmulas de antigos Ofícios Divinos. Também noutras fórmulas litúrgicas ainda hoje usadas há referências ao Reinado de Nosso Senhor, das quais uma das mais repetidas pelos fiéis católicos está contida no Credo de Niceia e de Constantinopla, recitado todos os domingos nas Missas Tridentinas: "...cujus regni non erit finis" (Seu Reino não terá fim).

Foi então ordenado que o último domingo de outubro fosse reservado à Festa de Cristo Rei, e no Calendário Litúrgico Antigo a solenidade de Cristo Rei permanece em tal domingo. Embora Pio XI atribuiu a esta Festa, "de certa forma", um "caráter de encerramento do Ano Litúrgico", depreende-se também da Encíclica que o Papa optou por situá-la não no encerramento "no tempo" do Ano Eclesiástico (sempre na 2ª quinzena de novembro), mas mais perto da Festa de Todos os Santos (1º dia de novembro) - um domingo antes do Dia de Todos os Santos, melhor dizendo - para, antes de (e mais importante que) cantar a glória destes que foram salvos por Cristo, cantar a glória dAquele que os salvou, que, enquanto Rei de todas as criaturas, é também o "Rei de Todos os Santos".

Adveniat regnum tuum!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. PIO XI. Carta Encíclica Quas Primas Sobre a Festa de Cristo Rei.Disponível no site
. Acesso em 26/10/2013, às 23:30h.

2. LEFEBVRE, Gaspar (OSB). Missal Romano Quotidiano Latim-Português, pág. 1356. Bruges, Bélgica: Biblica, 1963.


O Senhor É Rei!!! - Pe. Marcelo Rossi


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