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Ano Litúrgico B - 2024 - Evangelho de Jesus Cristo SEGUNDO SÃO MARCOS.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

As Dimensões do Dizimo

As dimensões do dízimoreligiosa, social e missionária – consistem nas formas como o dízimo é utilizado na comunidade.

A Dimensão Religiosa consiste na utilização de parte do dízimo para promover a oração comunitária e tudo o que diz respeito a ela. Isso quer dizer que o dízimo não deve ser utilizado numa única dimensão. Além da dimensão religiosa, o dízimo deve atender as dimensões social e missionária.


Na dimensão religiosa, o dízimo é utilizado na construção, sustentação, manutenção e ampliação da igreja, da casa paroquial, do salão/pavilhão, do escritório/ secretaria, das salas de catequese e de outros locais e atividades que estejam a serviço da oração e da evangelização.

Dízimo e Igreja – A Igreja é o local de encontro da comunidade. Ela deve oferecer o necessário para que a oração comunitária se realize, seja pela missa, seja por outras celebrações. Eis alguns exemplos do que é preciso para tanto: objetos litúrgicos, folhas e livros, aparelhagem de som, vestimentas para os ministros, imagens e quadros sacros, instrumentos musicais, enfeites, cadeiras e/ou bancos, luminárias, armários, sistema de segurança, extintores.

Dízimo e Casa Paroquial – Equipamentos domésticos, alimentação, contas de água, luz, telefone (e  outros), escritório para atendimentos aos fiéis, contribuição para os clérigos (côngrua), plano de saúde e encargos sociais (clérigos e/ou funcionários),material de limpeza, cozinheira e/ou diarista, automóvel.

Dízimo e Salão/Pavilhão – Cadeiras, mesas, sistema de som, armários, utensílios de cozinha,materiais didáticos para encontros, cursos e palestras, banheiros, salas para encontros/reuniões em grupos, sistema de ventilação, sistema de segurança.

Dízimo e Secretaria/Escritório – Secretário/a, computador e acessórios, arquivos, materiais diversos (canetas, grampeador, carimbos, tesoura, fitas...), fichários, boletim diocesano e/ou paroquial,ambiente acolhedor, impressos em geral, materiais para uso de pastorais e movimentos, cofre, telefone, faz.

Dízimo e Catequese – Salas, material adequado e atualizado (aparelhagem de som, vídeo, cartazes, bíblias e outros livros, manuais de catequese...), espaço para recreação/confraternização, banheiros, caixa de primeiros socorros, jogos educativos.

Dízimo e outros – Cuidado e ornamento do espaço ao redor da igreja e outras dependências, salas para grupos autônomos (pastorais, movimentos, organismos eclesiais), segurança (sistema de alarme ou vigilantes), agentes liberados, serviços prestados por autônomos.

As comunidades, por serem diferentes, têm necessidades diferentes. Algumas precisam muito Dízimo – Como, quando e onde utilizar? mais do que o listado acima; outras precisam de menos. O importante é entender que a obrigação de cuidar da igreja e investir na evangelização é de toda a comunidade, e não apenas do presbítero ou de um grupo.

Existe o risco de uma comunidade comprar o que não precisa, gastando em coisas supérfluas. Daí a necessidade de uma equipe de administração que atue unida ao pároco e ao conselho paroquial de pastoral. Juntos, e tendo todos, o direito de opinar e a obrigação de ouvir, chega-se com facilidade a decisões prudentes e de bom senso. Se for o caso, consulte-se toda a comunidade, levando em consideração o que ela tem a dizer.

A Dimensão Social do Dízimo consiste no serviço prestado pela comunidade aos empobrecidos. A comunidade pode se colocar a favor dos empobrecidos de várias formas: defendendo os seus direitos, promovendo campanhas de conscientização, fazendo reuniões/encontros para chegar às causas da marginalização, formando as pessoas para que estejam preparadas para o mercado de trabalho, auxiliando no crescimento integral (com as pessoas, e não somente para as pessoas), ajudando em momentos de urgência/emergência.

O dever de zelar e promover o bem-estar das pessoas é do Estado, mas não só dele. O Estado deve fazer a sua parte, contando com a participação de todos os cidadãos. Se o Estado não está fazendo a parte que lhe compete fazer, é justo reivindicar para que faça. Contudo, isso não nos isenta de sermos fraternos, ajudando-nos mutuamente.

A comunidade pode promover os empobrecidos ajudando-os a conquistar o espaço que ainda não têm na sociedade. Uma das formas de inclusão é o acesso à educação; outra, o ensino profissionalizante.

Além disso, comunidade pode assistir os empobrecidos sempre que vai ao encontro deles em situações de emergência. Quem está com fome, não pode esperar; quem está doente, necessita de atendimento e remédios. Sempre que possível, e não podendo contar com o aparato do Estado, a comunidade deve “repartir o pão”, a exemplo do que faziam os primeiros cristãos.

A Dimensão Missionária do Dízimo consiste na abertura a todas as pessoas, com o objetivo de partilhar com elas os valores do Evangelho. Uma comunidade pode tornar-se missionária quando, por exemplo, coloca-se à disposição de outras comunidades, auxiliando-as com pessoas, subsídios e dinheiro para que elas formem as suas lideranças, construam os seus lugares de oração, adquiram meios para cumprirem com a missão de evangelizar.

E mais: enviando auxílio para missionários e missionárias que atuam em outras regiões,dentro ou fora do país; formando missionários e missionárias da própria comunidade, para depois enviá-los em missão: recebendo missionários e missionárias de outras comunidades para períodos de estágio, capacitação e aprofundamento; enviando recursos materiais para entidades, ordens e congregações que atuam nas missões; destinando parte do dízimo para as campanhas missionárias, especialmente para aquela que se faz em outubro (Coleta para as Missões).

O que a comunidade deve investir, em cada uma das dimensões do dízimo, depende da sua realidade! Em algumas, a dimensão religiosa deve ser priorizada, em outras, a dimensão social; em outras ainda, a dimensão missionária.

A quantia necessária para que a comunidade supra satisfatoriamente com as três dimensões do dízimo, muda de comunidade para comunidade. Quanto mais conscientização, administração transparente e bom uso do montante recebido, tanto mais participação por parte dos dizimistas. Se houver sobram partilhe-se com outras comunidades; se ainda não se tem o suficiente, invista-se na conscientização e estruturação do dízimo.

Fonte: Pastoral do Dízimo, CNBB, 1978, p.55 


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